quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Astrônomos de Fortaleza Registram Foto da Passagem do Cometa Ison
André Teixeira
Do G1 CE
Ison é fotografado no céu do Ceará quando passava
pela constelação de leão
Foto:
CASF/Divulgação)
Um grupo de astrônomos de Fortaleza
registrou a passagem do cometa Ison na madrugada de terça-feira (15). O astro
foi descoberto na Rússia em dezembro de 2012 com uso de um telescópio Ison, que
batiza o cometa. O registro foi feito na cidade de Paramoti, no
interior do Ceará, por
membros do Clube de Astronomia de Fortaleza (Casf), que reúne astrônomos
amadores e profissionais.
Com base em estudos da órbita do
astro, acredita-se que o Ison se formou nos limites do sistema solar, em área
conhecida como nuvem de Oort. “Tal nuvem fica além da órbita de Urano e é
formada por restos da formação do sistema solar. Estudar cometas vindos dessa
região é importante, pois eles podem trazer pistas de como se formaram o Sol e
os planetas e como surgiu a vida na Terra”, explica Paulo Régis, membro do
Casf.
A imagem feita pelo grupo
registra a passagem do Ison pela constelação de leão. Na foto é possível é
identificar o centro do astro e a cauda, parte de aspecto esfumaçado, formado
pela poeira desintegrada do corpo sólido durante o trajeto em torno do Sol.
“Fotografar o cometa ainda longe
da Terra não é uma tarefa fácil. Ele é muito pequeno e débil para ser detectado
por equipamentos comuns. É necessário equipamentos especiais e bons
telescópios. No mundo, alguns registros já foram feitos; no Brasil, temos
apenas dois registros até agora”, diz Régis.
O Ison orbita o Sol em uma
trajetória na forma de parábola e deve atingir em 28 de novembro o periélio, a
menor distância de um astro em relação ao Sol, quando ele “viaja” em velocidade
máxima.
Com a aproximação em relação ao
Sol, a visualização do astro deve se tornar mais fácil e com registros mais
nítidos. “O Ison, segundo as previsões iniciais, deve se tornar no final de
novembro um astro próximo de um grande cometa, provavelmente visível a olho nu
e chamando muita atenção, mesmo em grandes centros urbanos, como Fortaleza”,
explica o membro do Casf. Para visualização de astros nos céu noturno, áreas
com luminosidade urbana dificultam a observação.
Fonte; ASTRONOMICANDO Boletim de Noticias do Observatório Astronomico Monoceros
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