Representação artística de CoRoT Sol 1 e uma
cronologia da evolução do Sol
(Foto:
Reprodução/DFTE-UFRN)
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Pesquisadores da UFRN anunciam descoberta de estrela gêmea do Sol
Estrela CoRot Sol 1 é cerca de dois bilhões
de anos mais velha que o Sol.
Para cientistas, análise do astro ajuda a prever futuro do Sistema Solar.
Felipe Gibson Do G1 RN
Pesquisadores da Universidade
Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN)
anunciaram a descoberta da CoRot Sol 1, nome dado à estrela gêmea solar
conhecida como a mais distante da Via Láctea, galáxia que abriga o sistema
solar. De acordo com os cientistas, a análise do astro ajuda a prever o futuro
do Sol, além de dar aos astrônomos a oportunidade de testar as atuais teorias
da evolução estelar e solar.
O líder da equipe de
pesquisadores, José Dias do Nascimento, explica que a CoRoT Sol 1 é cerca de 2
bilhões de anos mais velho que o Sol, e seu período de rotação é
aproximadamente o mesmo da maior estrela do sistema solar. "É a única
estrela com essas características que é mais velha do que o Sol", informa
o astrônomo. A massa e composição química de ambas é semelhante, conforme o
estudo desenvolvido na UFRN. No entanto, ao contrário das outras gêmeas
solares, que são relativamente brilhantes, o brilho da CoRoT Sol 1 é 200 vezes
mais fraco do que o do Sol.
O fato de a estrela gêmea estar
em um estágio ligeiramente mais evoluído que o Sol será utilizado para análises
sobre o futuro do Sistema Solar. "Em 2 bilhões de anos, na idade que o Sol
terá a idade atual da gêmea solar CoRoT Sol 1, a radiação emitida pelo Sol deve
aumentar e tornar a superfície da Terra tão quente que a água líquida não
poderá mais existir lá em seu estado natural", comenta Nascimento. As
informações analisadas pela equipe foram captadas por uma satélite CoRoT,
lançado em 2006 e operado do Havaí, nos Estados Unidos.
Imagem do
satélite que captou as imagens do CoRoT Sol 1 (Foto: Reprodução/DFTE-UFRN)
O astrônomo pondera que
determinar a idade de uma estrela é, provavelmente, um dos aspectos mais
difíceis da analise, porém espectros de alta qualidade podem ajudar a
determinar as idades estelares. O grande espelho de 8,2 metros e a precisão do
telescópio Subaru foram essenciais para tornar possível a realização do estudo
dos espectros da estrela gêmea.
Satélite captou 530 mil estrelas
A equipe planeja usar o Subaru para continuar a investigação sobre novas estrelas similares ao Sol. "Nos últimos 30 anos, apenas cinco estrelas foram descobertas", informa José Dias do Nascimento. De acordo com o astrônomo, o satélite forneceu a observação de 230 mil estrelas. Usando um método criado na própria UFRN, foram escolhidas as candidatas a gêmea.
"Sobraram 500 estrelas e, dessas, pedimos para observar 30. Analisamos quatro e duas se apresentaram muito parecidas com o Sol, com a diferença que em uma delas o espectro não ficou bom e na outra fico excelente, muito parecido com o Sol. Isso tornou a descoberta ainda mais preciosa", detalha Nascimento, que continuará a investigação. "Agora vamos atacar outras estrelas. Queremos achar a estrela gêmea dois, três e daí por diante".
Pesquisa e descoberta
O anúncio da estrela gêmea solar foi feito na última sexta-feira (17). A descoberta faz parte do artigo intitulado “"The Future of the Sun: An Evolved Solar Twin Revealed by CoRoT", que está aceito para publicação e sairá em breve na revista "Astrophysical Journal Letters" (ApJL).
Satélite captou 530 mil estrelas
A equipe planeja usar o Subaru para continuar a investigação sobre novas estrelas similares ao Sol. "Nos últimos 30 anos, apenas cinco estrelas foram descobertas", informa José Dias do Nascimento. De acordo com o astrônomo, o satélite forneceu a observação de 230 mil estrelas. Usando um método criado na própria UFRN, foram escolhidas as candidatas a gêmea.
"Sobraram 500 estrelas e, dessas, pedimos para observar 30. Analisamos quatro e duas se apresentaram muito parecidas com o Sol, com a diferença que em uma delas o espectro não ficou bom e na outra fico excelente, muito parecido com o Sol. Isso tornou a descoberta ainda mais preciosa", detalha Nascimento, que continuará a investigação. "Agora vamos atacar outras estrelas. Queremos achar a estrela gêmea dois, três e daí por diante".
Pesquisa e descoberta
O anúncio da estrela gêmea solar foi feito na última sexta-feira (17). A descoberta faz parte do artigo intitulado “"The Future of the Sun: An Evolved Solar Twin Revealed by CoRoT", que está aceito para publicação e sairá em breve na revista "Astrophysical Journal Letters" (ApJL).
Estrela gêmea
solar fica fora da Via Láctea, galáxia que abriga o sistema solar
(Foto:
Reprodução/DFTE-UFRN)
A equipe de cientistas
responsável pela descoberta é composta por José Dias do Nascimento, da UFRN,
que lidera o grupo; Jefferson Soares Costa e Matthieu Castro, também da UFRN;
Yochi Takeda, do Observatório Astronômico Nacional do Japão (NAOJ); Gustavo
Porto de Mello, do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ)
e Jorge Melendéz, da Universidade de São Paulo (USP).
Fonte; ASTRONOMICANDO Boletim de Noticias do Observatório Monoceros
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