terça-feira, 30 de abril de 2013
Furacão em Saturno pode ajudar a esclarecer fenômeno na Terra
Olho do furacão é 20 vezes maior que vórtice
de uma tempestade terrestre.
Imagem foi captada pela sonda Cassini, da Nasa.
Do G1, em São Paulo
Imagem colorida
artificialmente mostra furacão registrado pela sonda Cassini no Polo Norte de
Saturno. O olho do furacão se assemelha a uma botão de rosa vermelha (Foto:
NASA/JPL-Caltech/SSI)
Cientistas da agência espacial
americana, Nasa, identificaram
que uma tempestade no Polo Norte de Saturno é, na verdade, um furacão com um
vórtice (região central do fenômeno) com largura equivalente a 20 vezes o
tamanho do olho de um furacão na Terra. Seu tamanho é de 2 mil km, segundo a
Nasa.
A tempestade, captada pela sonda
Cassini, havia sido divulgada inicialmente em novembro do ano passado, mas
somente agora a equipe revelou dados a respeito.
De acordo com os pesquisadores, a
velocidade dos ventos do furacão de Saturno era quatro vezes mais rápida se
comparada ao máximo que pode atingir um fenômeno terrestre.
Por aqui, a velocidade dessas
tempestades é subdivida em cinco categorias de força pela escala
Saffir-Simpson. Fenômenos classificados na categoria 1 têm ventos de até 152
km/h. Tempestades com ventos entre 153 km/h e 176 km/h estão na categoria 2.
Furacões com ventos entre 177
km/h e 207 km/h são classificados na categoria 3. Foram classificados neste
patamar os fenômenos Katrina, que devastou Nova Orleans em 2005, e matou 1.700
pessoas, e Glória, que 1985 atingiu a região da Carolina do Norte e Nova York e
causou oito mortes.
Na categoria 4, os ventos têm
velocidade entre 209 km e 250 km. Já os furacões classificados na categoria 5
são aqueles que registram ventos com velocidade acima de 251 km/h, de acordo
com o meteorologista do Inmet.
A Nasa afirma que estudar o
furacão no Polo Norte de Saturno pode auxiliar em descobertas sobre a formação
deles na Terra. O fenômeno climático é resultado da combinação de alta
temperatura na superfície do oceano, elevada quantidade de chuvas e queda da
pressão do ar (sistema que favorece uma subida mais rápida do ar e uma
constante evaporação da água do mar). Esse sistema costuma se formar em áreas
próximas à Linha do Equador.
A missão Cassini-Huygens é um
projeto de cooperação entre a Nasa, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a
Agência Espacial Italiana (ASI). As duas câmeras a bordo da sonda foram
projetadas, desenvolvidas e montadas no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL)
da Nasa, em Pasadena, na Califórnia. A equipe que trabalha com as imagens fica
no Instituto de Ciência Espacial em Boulder, no Colorado.
FONTE;
ASTRONOMICANDO
Boletim de Noticias do Observatório Astronômico MONOCEROS
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