Segunda-feira, 11 de Novembro de 2013
Nascimento de estrela a 1.400 anos-luz é registrado por telescópios
HH 46/47, na constelação da Vela, liberou
jatos supersônicos ao se formar.
Registros foram feitos pelos telescópios Spitzer, da Nasa, e Alma, no Chile.
Do G1, em São Paulo
FOTO;
Imagem de nascimento
estelar combina observações feitas pelos telescópios Spitzer, da Nasa, e Alma,
instalado no norte do Chile pelo Observatório Europeu do Sul (ESO) (Foto:
Nasa/JPL-Caltech/Alma)
Uma combinação de dados do
Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa, e do telescópio terrestre Alma, instalado
no norte do Chile pelo Observatório Europeu do Sul (ESO), mostra o nascimento
turbulento de uma estrela a 1.400 anos-luz da Terra, na constelação da Vela.
Os "espasmos" vistos
acima foram gerados pelo objeto Herbig-Haro (HH) 46/47, formado após jatos
liberados por estrelas recém-nascidas colidirem com o material cósmico ao
redor, o que produz pequenas regiões nebulosas e brilhantes.
A olho nu, essa estrela ficaria
obscurecida pelo gás e pela poeira que a envolvem. Mas os telescópios usaram
ondas de luz infravermelhas e submilimétricas para ultrapassar a nuvem escura.
As observações feitas pelo
Spitzer mostram jatos gêmeos supersônicos que saem do centro do astro, destroem
o gás em volta e dividem o objeto em duas metades borbulhantes.
Segundo o cientista Alberto
Noriega-Crespo, do Centro de Processamento e Análise de Infravermelho do
Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), em Pasadena, estrelas jovens
como o nosso Sol precisam remover um pouco do gás que cai sobre elas para se
manterem estáveis, e a HH 46/47 é um excelente laboratório para estudar como
ocorre esse processo.
Noriega-Crespo liderou a equipe
que começou a estudar esse astro com o telescópio Spitzer, há quase dez anos.
Agora, ele e seus colegas conseguiram obter uma imagem em melhor resolução.
Com as informações do Alma,
captadas pela equipe do cientista Hector Arce, da Universidade Yale, nos EUA,
os astrônomos viram que o gás contido nos dois lobos do objeto está se
expandindo mais rapidamente que o imaginado. Esse mecanismo exerce um efeito
sobre a turbulência gerada na nuvem gasosa que originou a estrela. Os
resultados do Alma foram publicados recentemente na revista "The
Astrophysical Journal".
Fonte : ASTRONOMICANDO Boletim de
Noticias do Observatório Astronômico Monóceros
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